COSTURANDO POESIA
“Em que o amor de cristal caiu… esfacelou-se!” Jô Tauil _____________________________ Como castelo de quimeras, Despedaçando-se em mil pedaços, Cada estilhaço,tantas des_primaveras. Sonhei-o transparente e puro, Brilhando à luz do meu peito, Mas era apenas vidro frágil, Que se quebrou sem jeito. Nas mãos trêmulas o segurava, Temendo que se partisse assim, Mas o destino cruel zombava Do meu cuidado, do meu carinho sem fim. Agora vejo nos cacos espalhados Os reflexos do que foi, Cada fragmento, uma lágrima, Cada lágrima, uma dor que me consome e destrói. O amor de cristal não resiste Ao peso da realidade crua, Desfaz-se como névoa triste Na manhã fria e nua. Recolho os pedaços com cuidado, Cortando-me nas arestas, Mas prefiro sangrar calada A viver sem estas pequenas festas. Pois mesmo quebrado, ainda reluz. Marilândia Responder, Responder a todos ou Encaminhar

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