O SEMEADOR DE AURORAS
O Semeador de Auroras Sob o céu que se abre em promessa clara, Ergue-se o homem, forte e verdadeiro, Com a enxada firme, a mão que prepara O berço fértil do mundo inteiro. Seus pés descalços conhecem cada grão Da terra vermelha, antiga e sábia, E em seu peito bate a pulsação Do trabalho honesto que se recria. O suor que escorre é orvalho sagrado, Cada músculo tenso é oração, E o campo infinito, por ele arado, Guarda a semente da transformação. Nas fileiras verdes que se estendem longe, Vive o sonho plantado com desvelo, E o homem simples, que nunca se esconde, É o arquiteto do futuro belo. Seus olhos fitam o horizonte vasto, Onde nasce a esperança de amanhã, E cada gesto seu, solene e casto, Tece a trama da vida que se ganha. O trabalhador da terra bendita É poeta do pão e da fartura, E em suas mãos calejadas habita A força eterna da agricultura. Assim, entre o céu e a terra vermelha, Planta sonhos com fé e com coragem, E cada dia que amanhece é velha Porém, uma nova e fecunda homenagem. Marilândia

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