Tempo Fugaz
Tempo Fugaz Quero palavras que sejam bronze eterno Para que resistam ao tempo inclemente E as não devore o esquecimento Que sobre tudo se derrama. Palavras onde se dissolve o peso áspero Do breve curso das horas e se retorna À serenidade primeira Que os deuses um dia nos deram. Aqui, nestas quietas tardes postas Longe, onde pouco nos alcança o mundo, Recordo os que compõem, atentos, Seus cândidos pensamentos. E mais que a outros evocando, componho Sob o discreto sol, e, rememorando, Bebo, sábio Epicuro, Humilde, à sua doutrina. Que importa se os homens nos não lembram Quando já formos pó que o vento espalha? Bastará que tenhamos Vivido com beleza. O presente é a única pátria certa, O momento, a única verdade nossa. Colhamos, pois, as rosas Antes que murchem, breves. Marilândia

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