terça-feira, 3 de junho de 2025

Lembro-te na Solidão ???

Lembro-te na Solidão Lembro-te na solidão das madrugadas, quando tudo se cala, E os ecos que há na solidão são a própria solidão, Então, só comigo mesmo, viajante imóvel De uma jornada no tempo, inutilmente lembro-te. Todo o presente, em que foste uma sombra eterna E como esta solidão de tudo. Todo o esquecido, em que foste o que mais esqueci, É como estes ecos, Todo o vazio, em que foste o que nunca chegaste a ser É como o nada por existir nesta solidão madrugada. Tenho visto partir, ou sabido que partem, Quantos amei ou cruzei, Tenho visto não restar mais nada deles de tantos que estiveram Comigo, e pouco importa se foi um amor ou uma lágrima; Ou um gesto perdido e mudo, E a vida hoje para mim é um deserto de alba Cinzento e dourado de memórias e sombras e de sol distante E é neste vazio absurdo de mim e de tudo que lembro-te.

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