Des_engano (A PUBLICAR)
Des_engano As tuas mãos são frias como o vento, E alvas como as mortais purezas, Têm gestos vagos de tristezas E o toque leve do esquecimento. Vejo nelas sinais do tempo lento De promessas mortas e incertezas, Sonhos perdidos, vãs belezas, E todo o gelo do firmamento! Mas não te invejo, Amor, essa ventura, Que viver neste mundo sem sentir É pior que viver na sepultura! Tu invejas a chama que me abrasa! E quantas vezes hás de repetir: "Ah! Quem me dera, Irmã, ter alma e asa!..." Marilândia

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