quinta-feira, 24 de abril de 2025

Falo de ti às pedras das estradas FE

Falo de ti às Pedras das Estradas (FLORBELA ESPANCA) Falo de ti às pedras das estradas, E ao sol que é louro como o teu olhar, Falo ao rio, que desdobra a faiscar, Vestidos de princesas e de fadas; Falo às gaivotas de asas desdobradas, Lembrando lenços brancos a acenar, E aos mastros que apunhalam o luar Na solidão das noites consteladas; Digo os anseios, os sonhos, os desejos Donde a tua alma, tonta de vitória, Levanta ao céu a torre dos meus beijos! E os meus gritos de amor, cruzando o espaço, Sobre os brocados fúlgidos da glória, São astros que me tombam do regaço! Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas" Marilândia, em réplica Ecos de Tua Ausência Procuro-te nas sombras das alvoradas, No murmúrio das folhas a tremular, Busco-te nas estrelas a cintilar, Nas melodias pelo vento embaladas; Procuro-te nas rosas desabrochadas, No secreto perfume do pomar, E nas ondas que chegam a beijar As areias por sóis acariciadas; Levo comigo a luz do teu sorriso Que ilumina as veredas do meu ser, Transformando em paraíso meu abismo! E os suspiros que lanço em teu encalço, São como preces prontas a morrer Na imensidão de ti que eu não alcanço! Marilândia

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