quarta-feira, 23 de abril de 2025

A Mulher que Me Deu o Mundo (evento de maio sobre a mãe)

A Mulher que Me Deu o Mundo Tuas mãos - essas cartografias de ternura - desenharam em mim os primeiros caminhos, e teus olhos, profundos como tardes de verão, foram o céu onde aprendi a sonhar. Não há palavra que alcance a dimensão do teu sangue, sangue que flui em mim como rio subterrâneo, nem verso que capture a eternidade desse amor que começa antes da memória e perdura além dela. Mãe, substantivo universal, nome único, és a terra que me sustenta e o vento que me impulsiona, tua voz é o eco primordial em que me reconheço quando o mundo se torna demasiado in_certo. De que são feitas as mães senão de tempo doado, de sacrifícios silenciosos e alegrias com_partilhadas? De vigílias noturnas e canções sussurradas, de pequenos milagres cotidianos e infinita paciência. E quando a distância nos separa, ainda assim te sinto como presença inegável, tal qual a raiz sente a seiva mesmo enterrada, tal qual o mar sente a lua mesmo na escuridão. Hoje te canto, mãe, origem e destino, sagrada arquiteta dos meus ossos, guardiã das minhas primeiras lágrimas, testemunha dos meus primeiros sorrisos. Em tuas órbitas gira minha existência inteira, e no ritmo do teu coração aprendi a cadência da vida, porque amar-te, mãe, não é escolha, mas condição, como não é escolha do sol brilhar ou da chuva cair. És meu norte quando me perco, meu abrigo quando me assusto, minha força quando fraquejo, meu perdão quando erro. Bendita sejas, mãe, mulher completa, pelo ventre que me abrigou, pelo leite que me nutriu, pelo amor que me fez humano. Marilândia

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