segunda-feira, 31 de março de 2025

SAUDADES DE FLORBELA COM RÉPLICA DE MARI

SAUDADES Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?... Se o sonho foi tão alto e forte Que pensara vê-lo até à morte Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte Deve-nos ser sagrado como o pão. Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar Mais decididamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar Mais saudade andasse presa a mim! FLORBELA ESPANCA Ecos de Ausência Saudades, essa palavra que só nossa, Ecoa como sino em catedral; No peito um doce-amargo temporal Que nem o tempo apaga ou que destroça. Lembrar-te é como ver o mar na roça, Milagre que parece irreal; E quanto mais afasto o vendaval, Mais forte a tempestade que me açoita. Fugi de ti nas noites sem luar, Busquei refúgio em outros horizontes, Para depois, mais ávida, voltar. E assim vivo em perpétuo descompasso: Tentando atravessar distantes pontes Enquanto ao nosso amor ato e enlaço. Pois não há rio, monte ou firmamento Que separe o que foi eternizado; No altar da memória, consagrado, Nosso amor é sagrado monumento. Marilândia

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