ETÉREA TRANSCENDÊNCIA
Transcendência Etérea No silêncio branco da página imaculada, Vertem-se lágrimas de tinta escurecida, Em lânguido pranto que chora e lamenta A finitude efêmera da existência sentida. Ó alma minha, que voas nos céus lunares, Em diáfana ascensão de luz prateada, Sobe aos páramos das esferas siderais, Onde a essência astral é sublimada. Em túrgidos espasmos de febril ansiedade, Meu espírito, trêmulo, vislumbra o infinito, E nas asas da noite, negra obscuridade, Eleva-se ao além, em mórbido conflito. As flores noturnas, de perfume embriagante, Exalam fragrâncias que inebriantes embriagam, Enquanto as estrelas, no éter distante, Com luzes cintilantes fulgurantes brilham. Minh'alma, submersa em mares profundos, Afoga-se nas águas abissais do sofrimento, E nas geladas névoas dos mundos ermos, Paira etérea, em etéreo movimento. Ó música inefável dos astros silentes! Ao ouvido que ouve, tua melodia ressoa, Nas cordas invisíveis de harpas transcendentes, Que na noite infinita, infinita ecoa. Marilândia
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