segunda-feira, 10 de março de 2025

FAZER UM DUETO COM ESSES VERSOS

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,// Eu viria como chuva em terra seca, Como luz que rasga o véu da madrugada, Como vento que em seus cabelos brinca, Como fogo que transmuta tudo em nada. Seria oceano em tuas praias desertas, Constelação na tua noite demorada, Relâmpago nas tuas horas incertas, Melodia em tua alma silenciada. Correria como rio sem destino, À procura do teu mar de maravilhas, Onde barcos de papel são fortalezas. Eu seria lua em teu céu diamantino, Semeando estrelas como sementes de ilhas, Onde plantaríamos jardins de surpresas. VOZ PRIMEIRA Meus suspiros são pássaros sem ninho, Procurando o calor da tua chegada. São incidentes caídos pelo caminho, Fragmentos de esperança despedaçada. VOZ SEGUNDA Meus passos são pêndulos desesperados, Contando segundos até teu encontro. São âncoras soltas em mares agitados, Buscando o porto onde teu ser encontro. JUNTAS E quando enfim nossos mundos se tocarem, Como duas luas em órbita perfeita, Como dois poemas numa só estrofe, Seremos labirinto e fio de Ariadne, Seremos fogo e água em dança estreita, Seremos início e fim do mesmo acorde. A essa hora dos mágicos cansaços,// Quando a noite de manso se avizinha,// E me prendesses toda nos teus braços...// Quando me lembra: esse sabor que tinha A tua boca... o eco dos teus passos... O teu riso de fonte... os teus abraços... Os teus beijos... a tua mão na minha... Se tu viesses quando, linda e louca, Traça as linhas dulcíssimas dum beijo E é de seda vermelha e canta e ri E é como um cravo ao sol a minha boca... Quando os olhos semicerram de desejos... E os meus braços se estendem para ti... Eu viria como chuva em terra seca, Como luz que rasga o véu da madrugada, Como vento que em seus cabelos brinca, Como fogo que transmuta tudo em nada. Seria oceano em tuas praias desertas, Constelação na tua noite demorada, Relâmpago nas tuas horas incertas, Melodia em tua alma silenciada. Correria como rio sem destino, À procura do teu mar de maravilhas, Onde barcos de papel são fortalezas. Eu seria lua em teu céu diamantino, Semeando estrelas como sementes de ilhas, Onde plantaríamos jardins de surpresas. VOZ PRIMEIRA Meus suspiros são pássaros sem ninho, Procurando o calor da tua chegada. São incidentes caídos pelo caminho, Fragmentos de esperança despedaçada. VOZ SEGUNDA Meus passos são pêndulos desesperados, Contando segundos até teu encontro. São âncoras soltas em mares agitados, Buscando o porto onde teu ser encontro. JUNTAS E quando enfim nossos mundos se tocarem, Como duas luas em órbita perfeita, Como dois poemas numa só estrofe, Seremos labirinto e fio de Ariadne, Seremos fogo e água em dança estreita, Seremos início e fim do mesmo acorde.

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