sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

COSTURANDO POESIA

“Termino o poema com a dor de caminhar sozinho!” Jô Tauil _____________________________ E sinto o peso da alma que se arrasta no caminho, Como quem leva nos pulsos as algemas do destino, E busca em vão nos espinhos um consolo cristalino. Ninguém me entende, ninguém, nesta jornada escura, Onde o sol que me ilumina é feito de amargura, E cada passo que dou na terra fria e impura É mais um grito abafado na noite que perdura. Eu sou a sombra perdida de um amor que não existe, A chama que se consome no peito de quem resiste, A rosa que desfolhada no jardim da vida insiste Em florescer mesmo quando a esperança já desiste. Caminho só, tão só, como a lua no infinito, Sangrando versos de dor no meu silêncio maldito, E vou deixando migalhas do meu coração aflito Para os corvos da saudade, que me seguem sem apito. Ah solidão, companheira desta alma tão ferida! Tu és a única verdade nesta farsa da vida, És a sombra que me abraça quando a luz está perdida, És a minha cruz, a minha sorte, a minha dor querida. Marilândia

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