segunda-feira, 22 de setembro de 2025

SERENIDADE OCULTA

Hino da Serenidade Oculta Na bruma calma do meu ser silente, desliza o sopro etéreo do repouso. É como um véu translúcido e ridente a envolver-me em perfume misterioso. Almas trevosas perdem-se ao longe, eu sou clarão, alvorada que floresce, sinto no íntimo a luz que me responde, num cântico sutil que me enobrece. Não há rumores, não há dor, nem pranto, apenas ecos de cristal ardente, que a paz converte em flauta e em encanto, erguendo-me à amplidão resplandecente. Sou flor de éter, sou estrela calma, sou canto imenso nos confins da alma, sou chama pura a dissolver tormento, sou templo erguido em mármore do vento. E nesta paz, que o silêncio consagra, meu ser se expande em asas infinitas, como se o céu nas vísceras me lavra com mãos divinas, brandas e benditas. E o livro nasce em auroras serafinas, feito de paz, de liras cristalinas, trazendo ao mundo a minha eternidade.

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