sábado, 20 de setembro de 2025

COSTURANDO DIA 20 DE SETEMBRO

“Eco das minhas palavras ou escamas do meu silêncio...” Jô Tauil ______________________________ Que se desprendem lentos como folhas de outono, Cada um carregando o peso do que não digo, O grito abafado que mora no meu abandono. Sou feita de segredos que jamais confesso, De lágrimas que secam antes de rolar, De amores que nascem e morrem no mesmo verso, De sonhos que se quebram antes de voar. Minhas mãos tremem quando buscam teu rosto, Meus olhos se fecham para não te ver partir, Meu coração é um barco perdido no mar posto Entre o desejo louco de te possuir. Que importa se choro ou se rio sozinha? Se danço com sombras ao luar da janela? Se invento histórias onde tu és luzinha E eu sou tua eterna e doce gazela. As horas passam lentas como mel amargo, Os dias se arrastam pesados de saudade, E eu aqui, neste quarto largo, Tecendo versos da minha solidão e verdade. Ah, se pudesses ouvir o que não falo! Se soubesses decifrar meus silêncios, Verias que cada gesto é um presente, um regalo, Cada olhar uma súplica de clemência. Mas tu passas distante, alheio a minha dor, Enquanto eu me desfaço em escamas douradas, Cada uma um poema, cada uma um amor Que se perde nas tardes desoladas. Marilândia

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