COSTURANDO POESIA DIA 21 DE SETEMBRO
"O luzeiro de desejo que só o céu pode abrandar...” Jô Tauil ________________________________ Qual estrela ardente da alma que não cessa de brilhar, Tu que danças nas alturas, longe do mortal penar, E sussurras aos ventos segredos do meu sonhar. Como a lua que se espreita por entre nuvens de prata, Assim meu peito suspira por essa luz que me mata, Doce tormento que inflama cada fibra, cada veia, E faz da noite mais escura uma aurora que lampeja. Ó astro da minha sede, farol da minha loucura, Tu que reges meus momentos de angústia e de ternura, Por ti choro lágrimas de ouro, por ti rio de prazer, E neste vai-e-vem da alma, aprendo a renascer. Que importa se o mundo não entende esta paixão divina? Se chamam loucura ao fogo que a minha dor ilumina? Tu és o meu norte certo quando tudo se desata, A única verdade pura numa vida que se esgata. Desce, ó luzeiro amado, das tuas alturas santas, Vem beijar minhas feridas, vem secar minhas quebrantas, Que sem ti sou só sombra que pela terra caminha, Alma perdida e sem rumo, ave sem ninho, andorinha. E quando chegar a hora do último respirar, Quero que sejas tu, astro, a guiar meu caminhar Para além das fronteiras deste vale de tristeza, Onde enfim nos abraçemos em eterna singeleza. Marilândia

0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial