A PUBLICAREsperança Carente
Esperança Carente Eis a esperança do meu coração carente, Que busca no silêncio o seu refúgio santo, Como a ave ferida que se esconde e canta Para acalentar a dor que a alma sente. Ó, Esperança louca, delirante! Que me embala em sonhos de divino encanto, És tu quem me sustenta quando canto As lágrimas de um amor sempre ausente. Vives na penumbra do meu peito aflito, Como estrela pálida no céu infinito, Tremulando incerta entre luz e treva. És minha companheira na solidão, Meu único consolo, minha redenção, Tu que me acalentas e nunca me deixas. Nos meus dias tristes, de amargura cheia, Sussurras-me baixinho doces melodias, Transformando em flores as melancolias Que pela minh’alma vagueiam! Ó, Esperança minha, companheira fiel! Que dormes comigo quando a noite vem, És o meu tesouro, és o meu bem, És o doce mel do meu amargo fel. Quando tudo passa e nada mais resta, Tu permaneces, serena e modesta, Como a última rosa no jardim de outrora. Marilândia

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