segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Alma que se Insinua

Alma que se Insinua Minha alma nua se insinua, entre véus de silêncio e aurora, no frágil lume que flutua quando a noite já vai embora. Caminha em sombras transparentes, procura o rastro do impossível, um eco de astros indecentes que fazem o amor indizível. No sopro breve de uma prece, ela se curva, ela se entrega, e na vertigem que acontece se desfaz o que mais apega. Minha alma nua se insinua, como um segredo entreaberto, como a brisa que continua a murmurar no peito incerto. E se o destino me revela um mar de fogo, um céu sem cor, sei que há em mim a centelha de um canto puro feito de amor.

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