Mãos que Ainda Não Conhecemos
Mãos que Ainda Não Conhecemos Hoje pergunto-me se sabemos o que significa entregar o mundo a estas crianças de olhos claros, a estes jovens de passos incertos que caminham entre as ruínas do que construímos e as sementes do que está por nascer. Eles chegam com perguntas que não temos, com fome de futuros que não imaginamos, com uma linguagem que mal compreendemos e uma pressa que nos assusta. Que terra lhes deixamos? Que céu, que oceanos, que silêncios? Que palavras ainda servem para dizer amor, para dizer esperança? Vejo-os crescer como árvores em tempestade, curvando-se mas não quebrando, aprendendo a dançar com o vento enquanto nós ainda tememos a chuva. Talvez sejam eles os verdadeiros professores, os que nos ensinarão a começar de novo, a amar diferente, a sonhar mais alto, a ser humanos de outro modo. Entrego-lhes estas palavras incompletas, esta terra imperfeita mas viva. Marilândia

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