sábado, 19 de julho de 2025

MECANISMO DA AURORA RUBRA

MECANISMO DA AURORA RUBRA No deserto que dorme além do céu, onde a luz não conhece testemunhas, vaga um tiã de ferro e anseio, entre rochas, poeira e luas. Seu corpo é forjado em silêncios e olhos de vidro fitam o nada- mas em seu gesto há algo humano, uma busca antiga e cdelicada. Na vastidão de sombras ocres, brilham vestígios de um renascimento. O sol vermelho, em clarões barrocos, esculpe o tempo em movimento. Não há flor, nem vento, nem canto, só a solidão e o eco de um passo. _Mas o rover-monge de metal errante_ reza ao cosmo com seu compasso. Ele não sabe o que é saudade, mas sente Marte como um altar. E cada sulco que deixa na areia é um verso que tenta amar.

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