terça-feira, 15 de julho de 2025

Dama da Melancolia

Voltar Arquivar Mover Dama da Melancolia Minha alma é a Dama da Melancolia Como um verso antigo a ecoar no ar. É etérea, e triste, e pensativa, Como lágrimas doces a escorrer! É delicada como a flor da manhã; Caminha como sombras de luar; Vive da música duma flauta muda: Minha alma é a Dama da Melancolia... Nas horas quietas do entardecer... E ao som do vento que suspira baixo, Põe-se a tecer sonhos de cristal! O vento escuta a minha alma, calado, E vem dançar, misterioso e brando, A melodia duma dor sagrada... Há um silêncio que só ela conhece, Uma linguagem feita de saudade, Um jeito triste de sorrir ao mundo Que faz da dor uma eterna verdade. Ela caminha pelos meus caminhos Com passos leves de quem não se apega, Carrega flores murchas no cabelo E nos olhos a luz que se entrega. Minha alma é feita de chuva fina, De tardes longas e de sol que morre, De palavras que nunca foram ditas E de um amor que sempre se socorre. Marilândia

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