Quando o Sonho Desperta
Quando o Sonho Desperta O sonho era pássaro engaiolado, batendo asas contra as barras do tempo, até que a manhã lhe abriu as portas e ele voou, tornado vendaval. Nas mãos adormecidas, sementes guardadas esperavam a chuva da coragem, e quando a vontade desceu como tempestade, brotaram raízes que rasgaram o concreto. Era rio que corria subterrâneo, sussurrando promessas às pedras, até emergir em cascata furiosa, esculpindo vales na terra do impossível. O sonho vestiu músculos de aço, calçou botas de determinação, e caminhou pelas ruas do mundo deixando pegadas de fogo no asfalto. Antes era apenas murmúrio noturno, conversa entre a alma e as estrelas, agora é grito que ecoa nos montes, martelo que forja o amanhã. Nas veias pulsava como sangue adormecido, agora é tsunami que rompe diques, inundando planícies de mediocridade com oceanos de possibilidade. O sonho não dorme mais. Caminha de pé, olhos abertos, transformando cada passo em conquista, cada respiração em revolução. E quando a noite quiser silenciá-lo, ele acenderá fogueiras na escuridão, porque aprendeu que sonhos que despertam não voltam mais ao berço do sono. Marilândia

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