COSTURANDO DIA 22 DE JULHO
“Vá então: como isca nem pisca e chama meu nome…” Jô Tauil _______________________________ Porquanto teu silêncio é farol que me naufraga em mares de espuma e dores antigas, onde tuas mãos são algas que me envolvem sem pressa. Chamas meu nome como quem acende velas em catedrais de vento, e eu venho, sempre venho, como rio que não conhece outro destino senão o mar de teus olhos. Tua boca é fruta proibida que amadurece em meus sonhos, e teus passos são música que ecoa nas paredes do meu peito. Como isca, dizes, mas és tu o anzol que me fisga nas águas profundas do desejo, onde nadam peixes de prata que cantam teu nome. Nem pisca, continuas, mas teus olhos são estrelas que piscam mensagens secretas na noite escura da minha alma. E eu, pescadora perdida, lanço minhas redes ao vento esperando capturar o perfume que deixas nas manhãs de primavera. Marilândia

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