quinta-feira, 24 de julho de 2025

Ânsias do Crepúsculo

Ânsias do Crepúsculo Inda que seja tarde compor versos d'ouro, E a vida se esvaia em sombra fria, Minha alma sedenta ainda confia No eterno sonho que em mim entesouro. Tarde chegou a hora do decoro, Quando a juventude já se esvaía, Mas no peito arde a mesma fantasia Que me fazia dançar no vasto coro. Inda que seja tarde para amar, Para sentir o coração em festa, Esta sede de viver não cessa de queimar. As rosas murcham, mas a alma resta, E enquanto houver um sopro a palpitar, Farei da dor a mais sublime gesta. Inda que seja tarde, meu Senhor, Para colher as flores do caminho, Meu ser vibrante, solitário e sozinho, Ainda guarda as chamas do amor. Tarde... mas que importa a hora? Se a alma canta ainda, embora triste, Inda que seja tarde, inda agora Meu coração de sonho se reveste. Marilãndia

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