domingo, 8 de junho de 2025

Sede de Infinito

Sede de Infinito Vem, Alma, dizer-me como me desejas, Revela-me o segredo do teu fogo, Embala-me no teu divino jogo, Liberta-me das sombras com que me cortejas. Perdida entre quimeras que não vejo, Carrego n'alma feridas sem consolo. Ilumina-me o rosto, quebra o solo Que me prende ao abismo do desejo! Neste poço de lágrimas sem fundo, Sem estrelas, sem luar, sem esperança, Ânsia muda de quem já não é deste mundo, Clamo por ti numa doce lembrança, Como se fosses, Alma, o vagabundo Orvalho que nas pétalas descansa! Marilândia

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