Solilóquios Noturnos a publicar
Solilóquios Noturnos Na solidão da noite que me abraça, Falo sozinha ao espelho da lua, E neste quarto onde a sombra flutua, Minha alma nua toda se transpassa. Conto às estrelas cada mágoa e graça, Cada suspiro que em meu peito reluz... E a madrugada, cúmplice, me conduz Enquanto meu coração se embaraça. Ó noite amiga, confidente eterna, Tu és a única que me compreende, Quando a dor mais secreta se governa. Nas tuas horas mudas me defendo Da cruel claridade que me fere, E em teus braços sombrios me suspendo. É só contigo que minha alma ousa Dizer verdades que o dia não permite, E neste diálogo que me repousa, Encontro a paz que em vão a luz me omite. Marilândia

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