sábado, 7 de junho de 2025

CONFIDÊNCIAS DE PAPEL

CONFIDÊNCIAS DE PAPEL Confidências de Papel Debruço-me sobre as páginas em branco, Como quem se debruça sobre um mar profundo, E neste silêncio que me entranho e me tranco, (forjando), Vou tecendo os fios do meu mundo. A pena escorre lágrimas de tinta, Cada palavra é um suspiro que voa, No papel a minha alma se requinta E a noite toda em versos se coroa. Ó diário meu, confidente sagrado, Tu guardas os segredos do meu peito, Neste quarto pequeno e desolado, És tu o meu amor mais perfeito. Escrevo as dores que ninguém adivinha, Os sonhos que morrem antes do amanhecer, E nesta solidão que me caminha, Só tu me entendes sem me conhecer. Cada página é um beijo não dado, Cada linha um abraço que me falta, E neste amor de papel e tinteiro, Encontro a paz que a vida me assalta. As palavras dançam como bailarinas, No palco branco da minha solidão, E estas horas longas e cristalinas São o bálsamo do meu coração. Quando a madrugada vem chegando, E as estrelas se vão apagando, Fecho-te, diário, suspirando, Com a alma um pouco mais descansando. Marilândia

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