quarta-feira, 4 de junho de 2025

COSTURANDO DIA 4 DE JUNHO

“Em dias que escorrem por veias abertas…” Jô Tauil ____________________________ Sinto a alma ferida de saudade crua, Como pétalas mortas que o vento carrega Pelo chão da memória, fria e nua. Ai, de mim, que vivo de dores in_certas! Cada lágrima minha é uma lua Que nasce e fenece em noites desertas, Onde a solidão cruel perpetua. Tenho os olhos vazios de tanto pranto, As mãos trêmulas de tanto abraçar O fantasma doído do meu encanto. Que mal fiz eu ao destino cruel Para assim me deixar, sem consolar, Sangrando amores no papel? Em cada verso que escrevo, morro Um pouco mais da dor que me consome, Como se fosse um lento, eterno socorro Que jamais a ferida me some. Sou mulher de todas as tristezas, Recolho em mim a angústia do infinito, E nas palavras verto as realezas Do meu coração partido. Assim vivo, assim morro, assim renasço Na tinta que derrama minhas veias, Eternamente presa neste laço De dor e de beleza plasmados nas minhas alfaias Marilândia

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