sexta-feira, 23 de maio de 2025

Que Resta?

Que Resta? Eu era a altiva, a que zombava em vão, Jamais sentira o peito estremecer Em ondas mansas de um doce querer, Como sentem as almas de paixão. Agora, passas com indiferença fria, Sem olhar para mim ou suspirar, Enquanto vejo em mim desabrochar A flor tardia de melancolia. Meu ser, rochedo, fez-se leito manso; Como nascido em vale de descanso, Todo é ternura, é lágrima e candura! Nele se inclina um rosto por um dia... Que resta?... se a inconstante fantasia Beija todas as faces... que perdura?... Marilândia

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