No Silêncio das Esferas (pubicar)
No Silêncio das Esferas No silêncio das esferas, há uma música que não se ouve, mas que entra nos ossos como o vento entra nas janelas abertas da alma. As estrelas não gritam, mas sua luz rasga distâncias com mais fúria que a palavra. O universo — esse corpo invisível de Deus — respira por entre constelações como quem sonha sem fim. E nós, pequenos pontos de sombra, caminhamos sob essa sinfonia muda sem saber que dançamos ao compasso de Saturno. No silêncio das esferas, há um segredo antigo que a Terra tenta traduzir em flores, em marés, em suspiros noturnos. E às vezes — no meio da insônia ou do amor — ouço esse silêncio me chamar, não com voz, mas com ausência. Como se o cosmos dissesse: “Tu és mais do que carne e medo, és poeira estelar com saudade do infinito.” Marilândia

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