Quando Duas Almas se Reconhecem (publicar)
Quando Duas Almas se Reconhecem
Há no universo
algo mais antigo que as estrelas:
o gesto de duas almas
que se reconhecem.
Não falo do encontro visível —
olhos, mãos, palavras.
Falo do estremecimento súbito,
como se duas constelações,
há muito separadas,
finalmente se alinhassem.
Elas não se procuram.
Elas se lembram.
Lembram_se do tempo
em que eram poeira de um mesmo cometa,
s
om de um mesmo silêncio,
luz de uma mesma origem.
E quando se tocam,
não fazem barulho —
fazem e_ternidade.
Não importa o corpo,
a distância,
o tempo entre encarnações.
Quando duas almas se reconhecem,
todo o uni_verso para por um instante
para ouvir o que não se diz.
E talvez,
nesse instante breve e in_finito,
a solidão das galáxias
se cale,
como quem entende.
Marilândia

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