domingo, 9 de março de 2025

DUETO FE MMR

Sem Remédio// Eco de Salvação! Aqueles que me têm muito amor// Aqueles que te viram no amargor Não sabem o que sinto e o que sou...// Talvez vissem apenas o que restou Não sabem que passou, um dia, a Dor,//Depois que te visitou a cruel Dor À minha porta e, nesse dia, entrou.// E em teu ser profundo se alojou. E é desde então que eu sinto este pavor;// Esse frio que em ti se propagou Este frio que anda em mim, e que gelou/Congelando as bênçãos do Senhor O que de bom me deu Nosso Senhor!// Foi o mesmo que em tantos se espalhou Se eu nem sei por onde ando e onde vou!//Sem que alguém percebesse seu rigor... Sinto os passos da Dor, essa cadência// Se há cadência nos passos dessa ausência Que é já tortura infinda, que é demência!// Que em tua alma causou tanta demência, Que é já vontade doida de gritar!// Porém, há também uma luz a cintilar. E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,// Porém teu verso, Florbela, é o remédio A mesma angústia funda, sem remédio,// Que transmuta em beleza o próprio tédio Andando atrás de mim, sem me largar...!// E faz tua dor e_terna nos tocar! Florbela Espanca// Marilândia "Sem remédio" Aqueles que te viram no amargor Talvez vissem apenas o que restou Depois que te visitou a cruel Dor E em teu ser profundo se alojou. Esse frio que em ti se propagou Congelando as bênçãos do Senhor Foi o mesmo que em tantos se espalhou Sem que alguém percebesse seu rigor. Se há cadência nos passos dessa ausência Que em tua alma causou tanta demência, Há também uma luz a cintilar. Pois teu verso, Florbela, é o remédio Que transmuta em beleza o próprio tédio E faz tua dor eterna nos tocar!

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