“Vencendo o tumulto das correntes…” Jô Tauil ____________________ No leito profundo onde dormem pedras cegas, as águas escrevem seu delírio em códigos de espuma. É o tumulto, a língua in_decifrada do abismo que bebe da lua suas febres de prata. As correntes mordem veias subterrâneas, rasgam o silêncio em gritos líquidos de vidro. Carregam no ventre a memória afogada dos naufrágios, Pois representa cemitério em movimento dos afluentes. Seus braços de água devoram as margens com fome ancestral de infinito. Qual ferida aberta da montanha, seu sangue indomável que corre para o mar. Entre as fendas do tempo constroi catedrais efêmeras, arquiteturas impossíveis de turbulência e vertigem. Sua voz é a música in_audível dos destroços, o canto submerso das raízes que abraçam o lodo. No espelho convulso de sua superfície dançam os reflexos partidos do universo. É o corpo fragmentado da tempestade, a respiração caótica dos séculos. Marilândia
OS LÍRIOS MORREM À TARDE
"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial