sábado, 22 de novembro de 2025

COSTURANDO DIA 21

“Numa explosão de metáforas” Jô Tauil _____________________________ Eis que te vejo, Constelação de feridas mal curadas, Tempestade que desaba em meu desejo, Horas que morrem, pétalas queimadas. Sou a que bebe o fel de cada beijo, A que transforma em ouro as madrugadas, Navego mares que não têm espelho, Trago nas mãos as asas envenenadas. Desfaço-me em lamentos e ardentia, Sou chama viva, sou cinza perdida, Morro de amor em cada novo dia. A alma me sangra esta paixão sentida, E entre o delírio e a melancolia, Renasço inteira desta dor vivida. Queimo-me toda neste fogo eterno, Sou tempestade e sou bonança calma, Do meu peito faço um doce inferno, E morro e vivo — eis o drama da minha alma. Numa explosão de auroras em desalinho, Perdida vou, nos teus braços: meu caminho. Marilândia

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