COSTURANDO DIA 11 NOVEMBRO
Navego à deriva sem ter porto ou cais, Sou náufraga de mim, sem rumo,sem clamor, Buscando em vão os dias que não voltam mais. Minh’alma sangra em pétalas de desalento, Como rosa ferida pelo espinho atroz, Que murcha devagar no mais cruel tormento, Sem ouvir dos céus uma piedosa voz. Sou chama que consome o próprio coração, Ardendo em desespero, em ânsia desmedida, Carrego em cada gesto a minha solidão, E vou sangrando os versos desta minha vida. Que importa se me perco neste mar profundo? Se afundo nos abismos da minha tristeza? Eu sou a louca e triste errante deste mundo, Buscando em vão a luz, a paz, a certeza. Deixai-me então morrer neste meu próprio peito, Que o amor que trago dentro me devora inteira, E aceito como cruz, e aceito como leito, Esta dor que me arrasta como derradeira. Marilândia

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