COSTURANDO POESIA DIA 10
“Guardei no meu interior, paralisado…” Jô Tauil _______________________________ Todo o amor que nunca hei de dizer, Como um tesouro esquecido, guardado, Que ninguém saberá reconhecer. Guardei os sonhos de um tempo dourado, As lágrimas que nunca quis verter, O grito preso, o beijo imaginado, E tudo quanto anseio em ser e não ser. No fundo d’alma, em silêncio profundo, Mora a dor de querer e não poder, A solidão mais vasta deste mundo. Guardei estrelas que não vão nascer, Palavras mortas antes de um segundo, E a chama eterna do meu próprio arder. Guardei em mim o que o tempo levou, Os gestos vagos de outra mocidade, A primavera que nunca chegou, E os ecos tristes desta eternidade. Paralisada, imóvel no meu interior, Trago a vida inteira em soledade. Marilândia

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