segunda-feira, 2 de junho de 2025

EVENTO DO DIA 5 A 25 DE JUNHO PROSA INTERGALÁCTICOS

A Conspiração das Línguas Antigas ## ou # Geografia do Encontro ## ou # O Rumor que Atravessa Continentes ## ou # Dança das Civilizações no Tempo ## ou # A Sede de Diálogo com o Desconhecido Dança das Civilizações no Tempo Há um rumor de palavras que atravessa os continentes como um vento antigo carregando pólen de civilizações distantes, e neste dia consagrado ao encontro das vozes o mundo inteiro se inclina para escutar o murmúrio dos povos que falam línguas de pedra e de água, de areia e de neve perpétua. As cidades acordam com seus rostos voltados para outras cidades, e os homens descobrem que suas mãos têm a mesma temperatura das mãos que nunca tocaram, que seus olhos refletem as mesmas estrelas que outros olhos contemplam do outro lado do mar. É um dia em que as fronteiras se tornam linhas imaginárias desenhadas por crianças na areia, e os mapas revelam sua verdadeira natureza de pergaminho onde alguém sonhou geografias impossíveis. Os mercados enchem-se do perfume de especiarias que viajaram séculos para chegar até aqui, e cada grão de pimenta conta uma história de navegadores que levavam no coração a sede de diálogo com o desconhecido. As línguas antigas despertam de seu sono de museu e voltam a dançar na boca dos poetas, enquanto as línguas novas aprendem a conjugar verbos de ternura em todos os tempos do mundo. Há uma conspiração de entendimento que se espalha pelas praças onde as crianças brincam jogos que seus avós inventaram em terras que só existem na memória. Os livros abrem-se como flores carnívoras que devoram a ignorância, e cada página lida é uma ponte construída sobre o abismo do preconceito. As músicas cruzam-se no ar criando harmonias que nenhum compositor imaginou, e os instrumentos descobrem que podem cantar em línguas que não conheciam. É o dia em que as diferenças se revelam como facetas de um mesmo diamante enterrado no coração da humanidade, e os homens compreendem que dialogar é escavar juntos esse tesouro comum, palavra por palavra, silêncio por silêncio, até que a terra inteira ressoe como um tambor tocado por milhões de mãos em perfeita sincronia. Os rostos multiplicam-se em espelhos infinitos, e cada reflexo é uma civilização que se reconhece na outra, que se nomeia na língua da outra, que se inventa na imaginação da outra. E quando a noite chega, as estrelas organizam-se em constelações que todos os povos podem ler, escrevendo no céu a mesma história de encontro e reconhecimento, enquanto a Terra gira carregando esse dia como uma semente luminosa que germinará em todos os outros dias do ano. Marilândia

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial