CONFISSÕES SECRETAS
CONFISSÕES SECRETAS É tão cruel sofrer nesta primavera! E vou sentir meu peito, vacilante, Vestido de negro, como um viandante Do sombrio reino onde a Dor impera! E logo vou tocar (com que quimera!...) Os meus cabelos sedosos, ondulantes, De dourados fios,tesouros errantes Que hão-de murchar quando o outono chegar! E ser-se jovem é possuir o Mundo, É ter-se o coração livre, ao vento, ardente, Onde tudo é sonho vagabundo! E a minha juventude... Murmura docemente: "que bela a sorte! Responde o meu penar:"que bela a morte" Marilândia

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