segunda-feira, 2 de junho de 2025

DESASSOSSEGO (A PUBLICAR)

DESASSOSSEGO Tormento do sentir! Agudo grito! Quem pudesse cegar a tua luz! Quem pudesse aqui dentro, onde me reduzo, Matar a fera que me tem aflito! E não se quer sofrer! ... mas o conflito Sempre a rasgar-nos bem, sem que se aduz Remédio algum – ó peso que seduz A alma ao desespero mais maldito! ... E não se cura, não ... nada se cura! Vem sempre sibilando na espessura ... Vem sempre sussurrando: "Onde vais? ..." Ah! não ser mais que bruma, que neblina! Ser lâmina de gelo, ser resina, Ser uivo de lobo nos pinhais! Marilândia

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