quarta-feira, 21 de maio de 2025

Versos Viajantes (outra versão evento balões)

Versos Viajantes Não peço ao vento que guarde os balões coloridos que liberto, só desejo que os leve longe, onde meus olhos não alcançam, mas onde outros corações esperam. São assim os poemas: balões de papel e sonho que escapam das mãos do poeta e viajam por céus desconhecidos. Quem sabe aonde chegam? Talvez caiam como chuva mansa nos campos sedentos de alguém, talvez se percam no vasto azul como lágrimas nunca derramadas. Cada verso é um fio invisível que mantém o balão flutuando, cada metáfora, um sopro de ar quente que o eleva mais alto, mais longe. Escrevo e liberto, deixo que as correntes do tempo carreguem minhas palavras. Algumas voltarão como pássaros perdidos, outras se tornarão estrelas distantes. Não sou dono do céu por onde voam, nem da brisa que os conduz, apenas sou guardião momentâneo destes balões de sílabas e suspiros. Amanhã, quando o horizonte devorar o sol, novas cores nascerão de minhas mãos, novos balões se desprenderão de meus dedos, e continuarei aqui, com o rosto voltado para o céu, imaginando quem os encontrará, imaginando quem os acolherá. marilândia

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