Alma de Poeta
Alma de Poeta Suspiros de solidão, Quem os há de compreender? São pétalas de emoção Que vivem só de sofrer. Vagam na noite estrelada, Como sonhos por nascer; Sentem a brisa calada, Veem os lírios estremecer! Só quem carrega no peito Um mar de mágoas inquietas É que em tardes de outono Decifra a voz dos poetas. E eu que guardo no olhar Saudades que ninguém tem, Sei no silêncio escutar A dor que os versos contêm! Sou alma feita de sombras, De espinhos e de luar, Sou prisioneira das palavras Que me libertam ao falar. Nas horas de desalento, Quando a vida é um desdém, Busco na tinta e no vento A paz que não me convém. Marilândia

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