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Brumas de Paixão Na bruma leve das paixões me perco, Enlaçada em véus de doce engano, Como quem beija o mar e abraça o arcano, Buscando o amor que em sonhos sempre alterco. Na solidão das horas em que me aconchego, Vem teu fantasma, terno e soberano, Colher as flores deste des_engano Que em campos de saudade "ad aeternum"me congrego. Ai, quem me dera ser como a neblina, Que tudo toca e nada declina, Que se desfaz ao sol da madrugada! Mas sou mulher, de carne e de loucura, Que na chama da paixão se transfigura E morre um pouco em cada jornada. Marilândia

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