terça-feira, 22 de abril de 2025

ENCONTRO DE ALMAS

Encontro de Almas Não foi num baile, nem numa festa Não foi depois de um samba que varasse a madrugada Foi num simples olhar, coisa modesta Quando a vida parecia já estar toda contada Era um café qualquer numa esquina da cidade Você com seu livro, eu com meu jornal E de repente a simplicidade De um encontro casual, mas nada casual Há quem diga que almas se procuram Por caminhos tortos, des_afinados Que existem amores que perduram Muito antes de corpos serem criados E quando te vi, soube na hora Que teu ser e o meu já se conheciam Como velhos amigos que em boa hora Retomam conversas que dormiam Esse encontro de almas, meu bem É fato raro neste mundo de atropelos É como achar um verso que convém Após dias de inspiração tão singelos Não me venham falar de coincidência Pois nosso encontro é muito mais profundo É como a mais pura essência Do que há de belo neste mundo Quando duas almas se encontram Fica o tempo em suspensão E as estrelas se espantam Com tamanha conjunção É o jeito como nossos silêncios conversam E como nossas mãos sem se tocar se sentem Como nossas ideias se entrelaçam e atravessam E nossos corações em doce sintonia batem Agora somos dois numa só dança Dois vinhos num só cálice sagrado Duas notas na mesma partitura de esperança Num encontro de almas, simples e afortunado. Marilândia

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial