terça-feira, 22 de abril de 2025

Bruma das Paixões (publicar)

Bruma das Paixões Vejo-te emergir da névoa matinal, como um segredo que o tempo não ousa revelar. Tuas mãos desenham no ar promessas silenciosas, enquanto teus olhos guardam o mistério do mar. Na penumbra dos nossos encontros furtivos, meu sangue se transforma em rio indomável. Quem eras tu antes de habitar meus sonhos? Quem sou eu depois do teu beijo inevitável? A bruma envolve nossos corpos em dança, somos sombras que o desejo torna luminosas. Aprendi a decifrar tua alma através do toque, como quem lê poemas em páginas nebulosas. Quantas vidas são necessárias para te amar? Quantas mortes já sofri em teus braços? Na cartografia das paixões somos viajantes perdidos, nossos suspiros marcam o compasso. E se amanhã a bruma se dissipar, e ficarmos expostos à cruel claridade, guardarei em mim o perfume do impossível, esta doce ferida que chamamos de saudade. Marilândia

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