domingo, 27 de abril de 2025

O Fado (com 3 réplicas pra escolher)

O Fado (FLORBELA ESPANCA) Corre a noite, de manso num murmúrio, Abre a rosa bendita do luar... Soluçam ais estranhos de guitarra... Oiço, ao longe, não sei que voz chorar... Há um repoiso imenso em toda a terra, Parece a própria noite a escutar... E o canto vai subindo e vai morrendo Num anseio de saudade a palpitar!... É o fado. A canção das violetas: Almas de tristes, almas de poetas, Pra quem a vida foi uma agonia! Minha doce canção dos deserdados, Meu fado que alivias desgraçados, Bendito sejas tu! Ave-Maria!... FLORBELA ESPANCA RÉPLICA DE MARILÂNDIA Canção da Madrugada Corre a brisa, tão leve, tão vazia, abre o véu da alvorada a cintilar… Choram, perdidos, sons de uma guitarra… Ouço ao longe um sonho a soluçar… Há um mistério quieto em toda a vida, parece a própria aurora a sussurrar… E a canção vai subindo e vai morrendo num suspiro que se deixa embalar… É o canto. É a voz das madrugadas: Almas errantes, almas enluaradas, que fizeram do pranto a companhia! Minha eterna canção dos esquecidos, meu canto que consola os feridos, bendita sejas tu, doce poesia! Marilândia Lamento do Fado Desce a noite, de leve, em sombra fria, abre a flor dos segredos pelo ar… Choram guitarras velhas na distância… Ouço, ao longe, a saudade a cantar… Há um silêncio antigo em cada rua, parece o próprio vento a meditar… E o canto vai subindo e desmaiando, como um suspiro triste a naufragar… É o fado. É a voz das amarguras: Almas perdidas, tristes criaturas, que fizeram da dor sua moradia! Meu fado, lenitivo dos que sofrem, minha prece, meu pranto que não morre, bendito sejas tu, Ave-Maria! Marilândia Canção da Madrugada Corre a brisa, tão leve, tão vazia, abre o véu da alvorada a cintilar… Choram, perdidos, sons de uma guitarra… Ouço ao longe um sonho a soluçar… Há um mistério quieto em toda a vida, parece a própria aurora a sussurrar… E a canção vai subindo e vai morrendo num suspiro que se deixa embalar… É o canto. É a voz das madrugadas: Almas errantes, almas enluaradas, que fizeram do pranto a companhia! Minha eterna canção dos esquecidos, meu canto que consola os feridos, bendito sejas tu, doce poesia! Marilândia Sombra do Fado Cai a noite, tão densa e tão calada, abre as feridas fundas do luar… Rangem cordas perdidas na guitarra… Ouço, ao longe, uma alma a soluçar… Há um luto in_visível sobre a terra, até a sombra parece chorar… E o canto sobe lento, morre aflito, como um suspiro a se despedaçar… É o fado. É a dor das madrugadas: Almas quebradas, vozes desoladas, que fizeram da morte uma poesia. Meu fado, velho canto dos vencidos, meu lamento, abrigo dos caídos, bendito sejas tu, Ave-Maria! Marilândia

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial