domingo, 27 de abril de 2025

Palavras In_domáveis

Palavras In_domáveis Selvagens, desatadas, fogem-me dos lábios, Palavras que não domo, feras em seu ardor! Como conter o vento ou dos mares o fragor? Assim vibram em mim, zombando dos meus lábios. Quisera eu guardá-las em cofres de veludo, Tê-las presas à alma, quietas, silenciosas. Mas rompem-se as correntes, brotam vigorosas, Como chamas ardentes que consomem tudo! Em vão tento prendê-las em versos medidos, Domesticar seu grito, seu furor selvagem, Dar-lhes forma e limite, uma serena imagem. Mas são elas que levam meus sonhos perdidos, São elas que me arrastam por vales profundos, São elas que me mostram insondáveis mundos! Ah, palavras rebeldes que em mim se libertam, Não sou eu quem vos cria — sois vós que me inventais! Animais sem arreios por campos eternais, Sois vós que, indomáveis, minha alma despertais! Marilândia

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