Fagulhas da Alma
Fagulhas da Alma Ó fragmentos de minha alma dispersos, Cacos de vidro trêmulo onde a memória habita, Você se espalha como pólvora silenciosa Entre as dobras do tempo inexorável. Sou um mapa de cicatrizes in_visíveis, Constelação de suspiros guardados, Cada lembrança - um pássaro de cristal Que range entre os ossos do esquecimento. Minha alma - um mar de cacos quebrados, Espelhos que refletem noites não vividas, Fragmentos que dançam como folhas ao vento, Sussurrando segredos de existências laterais. Colho estas fagulhas com mãos de sombra, Tecendo um manto de silêncios pintados, Cada estilhaço - um uni_verso secreto, Cada dor - um poema não pronunciado. Ó alma minha, arquipélago de mistérios, Onde os fragmentos se encontram e se perdem, Como ondas quebrando em rochedos internos, E_ternamente dividida, e_ternamente inteira. Marilândia
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial