ALVORADA DE CINZAS
ALVORADA DE CINZAS É triste, dizem todos, o crepúsculo Que morre sobre as ondas sem perdão! E aquele vento amargo da solidão Que rasga a alma num eterno corpúsculo! É triste como lágrima ou entulho A bruma que se arrasta pelo chão! E não sabem que trago no pulmão O peso de cem mundos que repulso?!… Auroras desfeitas guardo em mim E tudo o que respiro tem por fim Sangrar em silêncio, sem clemência! E toda a imensidão do firmamento Carrego-a dentro em brasas de tormento! E o dia sou eu mesma! A dor em essência!!! Marilândia

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