sexta-feira, 5 de setembro de 2025

A Paz Que Habita o Universo

A PAZ, RAIZ DO UNIVERSO A paz não é apenas a ausência de guerra, é o pão que compartilhamos na mesa comum, é o olhar que encontra outro olhar sem medo, a mão que se estende sem calcular o retorno. A paz tem o sabor da chuva sobre a terra seca, tem a textura do algodão que embala os sonhos, tem o perfume das flores que nascem entre pedras, tem a cor do amanhecer que não conhece fronteiras. Eu vi a paz caminhando pelas ruas estreitas, descalça como uma criança que brinca na areia, simples como o vento que não pergunta a nacionalidade das folhas que embala em sua dança infinita. A paz mora na palavra que cura, no silêncio que compreende, na lágrima que lava as feridas antigas, no sorriso que constrói pontes sobre abismos. Ela dorme nos braços das mães que cantam, desperta nas mãos dos homens que plantam, cresce nos olhos das crianças que inventam mundos onde todos cabem na mesma canção. A paz não é frágil como pensam os poderosos, é resistente como a erva que rompe o concreto, é persistente como o rio que esculpe montanhas, é eterna como o amor que sobrevive à morte. Por isso eu canto a paz com voz de multidão, eu planto a paz em cada verso que escrevo, eu ofereço a paz como quem oferece água ao viajante sedento que bate à porta. A paz que habita o mundo habita também em nós, pequena semente de luz esperando o momento de florescer. E quando ela florescer, será primavera em todos os calendários, será festa em todas as línguas, será lar em todos os corações. Porque a paz é a pátria verdadeira onde todos somos cidadãos, a única bandeira que tremula sem dividir o céu em territórios. Marilândia A Paz, Raiz do Mundo A paz não chega como um clarão repentino, ela germina como semente teimosa no ventre silencioso da terra. É feita de mãos que se estendem, mesmo quando a noite ainda carrega cicatrizes de pólvora. A paz é um pássaro sem fronteiras, canta em idiomas invisíveis, e repousa no ombro de quem ousa sonhar. Não se compra nos mercados, nem se escreve em tratados frios — é carne, é alma, é sangue reconciliado. A paz não é ausência de batalhas, mas o encontro de rios que aprendem a se misturar. Ela é pão dividido em mesas pobres, é criança que adormece sem medo, é o sol que insiste em nascer sobre ruínas. A paz é lenta, tem o passo das mães que carregam seus filhos entre escombros, e ainda lhes oferecem canções. Ela cresce na palavra que não fere, na escuta que não julga, no perdão que abre portas. A paz não é muralha, é ponte sobre abismos, é o suspiro que une dois corações. E quando, enfim, a humanidade se cansar de erguer espadas contra sua própria sombra, a paz florescerá nos ossos do mundo, como árvore antiga, cuja raiz toca o céu e cujos frutos alimentam a eternidade. Responder, Responder a todos ou Encamin ;

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