permanência
permanência Hoje me recordo um, amanhã me recordarei outro. Tempo virá em que nenhum será recordado. Então na mesma quietude se dissolverão. Mais uma vez a alma despida, e os momentos cumprindo-se em si mesmos, como sempre e nunca. Pois infinito é o tempo que liga e separa, e infinita a pausa (já iniciada, antes de começar), e somos infinitos, breves, luminosos, silenciosos, perdidos: infinitos. E a quietude ainda é lembrança, e ondas de luz selam em seu brilho o que vivemos e fomos um instante, ou nunca fomos, e contudo arde em nós à maneira da brasa que dorme nos galhos de outono jogados no chão. Marilândia

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