O Silêncio que Grita
O Silêncio que Grita Nas horas mortas, quando tudo cala, Desperto em prantos que ninguém escuta... E busco em vão uma palavra bruta Que desta angústia toda me instala! Não tenho rosas para quem me fala, Nem verso algum que a solidão refuta! Minha alma é terra árida e enlutada, Bebeu tristeza desde a madrugada! Sou como a pedra que o caminho fere, O espinho que se esconde entre os rosais. Carrego, igual a ti, o que não morre! Porém meu fardo ainda mais me dói: Não ter palavras como tens demais Para dizer o pranto que me corrói!... Marilândia

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