Espelhos da Consciência verificar rimas para publicar depois
Espelhos da Consciência Não sei quantos rostos uso. Cada instante me refaço. Constantemente me confuso. Nunca me prendo nem abraço. De tanto viver, só resto. Quem resta nunca está presto. Quem pensa é mais que o pensar, Quem sonha deixa de estar. Atento ao que faço e sinto, Torno-me outros e me perco. Cada palavra que pinto É do silêncio que cerco. Sou meu próprio labirinto, Caminho sem rumo certo, Múltiplo, fluido e só, Não sei encontrar-me no pó. Por isso, distante, escrevo Como versos, minha vida, O que virá não concebo, O que foi fica esquecida. Marco nas bordas do escrito O que pensei ter vivido. Releio e pergunto: «Sou?» Só o tempo sabe aonde vou.

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